Meu Pai
Estava na rua quando avistei uma aposentada de uma estatal (ela tem menos de 60 anos). Ela estava passeando em seu Vectra, que parecia ser do ano. Ela se aposentou há mais de dois anos, e a sua aposentadoria é suficiente para comprar um carro do ano. Seria bom se todas as pessoas pudessem ter carros novos de vez em quando.
Mas o fato é que lembrei de meu pai. Ele é mestre de obras, e ajudou a construir o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. Meu pai também ajudou a construir o Riocentro, o mesmo local que abrigou a primeira conferência internacional sobre meio ambiente que reuniu os chefes de estado de quase todos os países do mundo.
Digo que ajudou a construir por que todos os operários empenhados de concluir uma obra são responsáveis pelo seu resultado. E um mestre de obras é uma espécie de capitão, de líder sem o qual dificilmente as obras de engenharia passariam do papel para a realidade.
Ele ajudou a construir a Universidade Federal do Rio de Janeiro, mais especificamente o Centro de Letras, a partir do qual podemos cada vez mais falar com o mundo e com nós mesmos.
Meu pai ajudou a construir fábricas, que geram tanto produtos, quanto empregos.
Mestre Aquino, como meu pai é profissionalmente conhecido, construiu hospitais, e com isso podemos dizer que salvou inúmeras vidas, e ajudou outras tantas à surgirem.
Ele construiu escolas, e estas escolas possibilitaram a chegada do conhecimento para muitas crianças, e podemos dizer também que muitas delas foram salvas da marginalidade. Mas meu pai não podia construir todas as escolas necessárias, e muitas crianças transformaram-se em marginais, e um destes lhe roubou documentos que fizeram muita falta na hora de sua aposentadoria. Com isso ele, que trabalha desde os treze anos de idade, se aposentou com sessenta e cinco, com uma pensão tão pequena que o obriga a trabalhar até Deus sabe quando.
Ele construiu inúmeras residências, possibilitando que famílias pudessem viver em seus lares, ao abrigo do frio e da chuva, mas a sua casa continua inacabada, pois sabemos o quanto é difícil o empreendimento para os pouco favorecidos pelo capital.
Mas meu pai não fez apenas obras. Ele construiu, junto com minha mãe, uma família, da qual me orgulho muito, e com seu exemplo de cidadão e homem, ajudou construir o caráter dos filhos. Seus filhos não esquecem o exemplo do pai, e querem continuar a construção de um mundo melhor.
Pergunto a vocês: Seria possível uma contribuição maior que essa para o mundo?
Seria sim. Meu pai além de tudo isso sempre amou muito. Nunca o ouvi amaldiçoar o próximo. Sempre se dirigiu a todos com alegria. Sempre tratou sua mulher e seus filhos com muito carinho.
Na tese de mestrado que nunca concluí, prometi a mim mesmo que faria uma dedicatória a meu pai: “ ao Mestre Aquino, meu primeiro professor de engenharia”.
Sei que não realizei tudo o que meu pai sonhou que eu realizasse, mas sei também que ele sente orgulho dos filhos que tem. Na engenharia aprendi que é possível levar uma vida melhor do papel para a realidade, seja com saneamento básico, meios de transportes mais seguros, escolas e etc., e como o sonho dos homens é um mundo melhor para se viver, posso também dizer:
“ Meu pai é um materializador de sonhos.”
Marcos H. G. de Aquino (16/08/2000)
sexta-feira, 28 de maio de 2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Passarinho de Papel
Com o tempo iremos colocar aqui histórias de nossas músicas.
Para dar início a esse papo, vou contar a história de:
CACOS DE VIDA
JÁ CEGO DE TANTO QUERER ACHAR
AQUILO QUE EU NEM MESMO SEI
O QUE É, O QUE EU NEM ACREDITEI
QUANDO ME DISSERAM QUE EXISTIA
PALAVRAS CORTAM MAIS QUE FACA, EU SEI
E HOJE, EU NÃO QUERO FERIR NINGUÉM
PRA QUÊ PROVAR À FORÇA
UMA CERTEZA QUE EU NÃO TENHO
QUANDO A IMPORTÂNCIA DA VIDA SE FEZ MAIOR
CACOS DE VIDA, FERIDAS, JUNTEI
PESSOAS VALEM MAIS DO QUE VINTÉNS
PRA QUÊ PROVAR SER MAIS COM O QUE SE TEM
E EU QUE ESTOU AQUI,
QUERO TE OUVIR TAMBÉM
ATÉ QUE MINHA VOZ SE FAÇA OUVIR
PRIMEIRO, TENHO QUE ME DESCOBRIR
ME VER VIVENDO MAIS
É MELHOR O SER QUE O TER
Quando estávamos no estúdio gravando as primeiras faixas do CD, que ná época não tinha nome ainda, era comum pintar melodias novas. Certa tarde, enquanto esperávamos para começar nosso período, eu estava tocando uma música que estava compondo e mostrei para o Marquinho e para o Dick. Eles acabaram gostando muito da melodia e pensaram em compor a letra. Nesse momento eu sugeri que fosse uma brincadeira de adolescente. Falei para eles que cada um deveria escrever alternadamente um verso da letra e passar para o outro, sem contar a idéia que tinha para a letra. Eles acabaram achando divertido e foram brincando, meio escrevendo, meio desafiando o outro a entender o sentido geral. Foi uma brincadeira(do jeito que foi composta, acredito que nenhum de nós acreditava que estava compondo uma música que faria parte do CD) sem compromisso, que acabou se tornando uma de nossas composições com que as pessoas mais se identificam.
Nesse clima, sem grandes aspirações, foi nosso traabalho. Hoje o resultado é o PASSARINHO DE PAPEL>
Para dar início a esse papo, vou contar a história de:
CACOS DE VIDA
JÁ CEGO DE TANTO QUERER ACHAR
AQUILO QUE EU NEM MESMO SEI
O QUE É, O QUE EU NEM ACREDITEI
QUANDO ME DISSERAM QUE EXISTIA
PALAVRAS CORTAM MAIS QUE FACA, EU SEI
E HOJE, EU NÃO QUERO FERIR NINGUÉM
PRA QUÊ PROVAR À FORÇA
UMA CERTEZA QUE EU NÃO TENHO
QUANDO A IMPORTÂNCIA DA VIDA SE FEZ MAIOR
CACOS DE VIDA, FERIDAS, JUNTEI
PESSOAS VALEM MAIS DO QUE VINTÉNS
PRA QUÊ PROVAR SER MAIS COM O QUE SE TEM
E EU QUE ESTOU AQUI,
QUERO TE OUVIR TAMBÉM
ATÉ QUE MINHA VOZ SE FAÇA OUVIR
PRIMEIRO, TENHO QUE ME DESCOBRIR
ME VER VIVENDO MAIS
É MELHOR O SER QUE O TER
Quando estávamos no estúdio gravando as primeiras faixas do CD, que ná época não tinha nome ainda, era comum pintar melodias novas. Certa tarde, enquanto esperávamos para começar nosso período, eu estava tocando uma música que estava compondo e mostrei para o Marquinho e para o Dick. Eles acabaram gostando muito da melodia e pensaram em compor a letra. Nesse momento eu sugeri que fosse uma brincadeira de adolescente. Falei para eles que cada um deveria escrever alternadamente um verso da letra e passar para o outro, sem contar a idéia que tinha para a letra. Eles acabaram achando divertido e foram brincando, meio escrevendo, meio desafiando o outro a entender o sentido geral. Foi uma brincadeira(do jeito que foi composta, acredito que nenhum de nós acreditava que estava compondo uma música que faria parte do CD) sem compromisso, que acabou se tornando uma de nossas composições com que as pessoas mais se identificam.
Nesse clima, sem grandes aspirações, foi nosso traabalho. Hoje o resultado é o PASSARINHO DE PAPEL>
terça-feira, 18 de maio de 2010
Estamos entrando no ar definitivamente.
Contamos com os amigos de sempre e com nossos novos amigos, para ajudar a levar a música AQUINOBRASIL a novos horizontes.
Contaremos aqui nossas histórias e nossos sonhos.
Conversaremos sobre a música brasileira e sobre a música AQUINOBRASIL.
Que esse espaço seja o início de um novo tempo ...
até breve.
Contamos com os amigos de sempre e com nossos novos amigos, para ajudar a levar a música AQUINOBRASIL a novos horizontes.
Contaremos aqui nossas histórias e nossos sonhos.
Conversaremos sobre a música brasileira e sobre a música AQUINOBRASIL.
Que esse espaço seja o início de um novo tempo ...
até breve.
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