Vôo
Alexandre Aquino
Luiz Felipe Aquino
24/12/2010
Em qualquer lugar por onde passo
Posso ver tudo melhor
É impossível descrever a sensação
Só tendo asas pra saber
Como é estar aqui
Tudo ao meu redor inspira liberdade
E a paz da solidão de quem se lança
Sem ter medo de alcançar a plenitude interior
De só ser
Sol que se põe
Apaga o céu
E então a noite cai em mim
Sou quem se opõe
À ilusão de ser só
Pra ser feliz
sábado, 25 de dezembro de 2010
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
TERRAÇOS
Mais uma de nossas músicas que acredito merecer um comentário especial.
Acredito que o Marquinho(Marcos Aquino) é um dos letristas mais sensíveis que já conheci(não só pessoalmente). Me impressiona a capacidade que ele tem de pintar o cenário de uma situação com palavras tão encantadoras. Nessa letra ele escreve com magia sobre crianças e pipas no céu. Como se não posse suficiente ele ainda é um melodista maravilhoso. Mais uma música em que ele resolveu tudo do seu jeito ímpar. Ele é impressionante(sei que é meu irmão, mas estou sendo honesto e imparcial).
Terraços (Marcos Aquino)
Verde, branco, encarnado
Xadrez de azul e amarelo
Cinza ou preto desbotado
Se juntam ao céu que é anil
Com bambu em varas finas
Algodão que em fios lhe abraça
Papel de seda em quadros em tiras
Pó de vidro pra ser mais viril
De dezembro a fevereiro
Borboletas, aviões e aves
Compartilham seu terreiro
Com arautos do ser juvenil
Os meninos nos terraços
Esparramam carreteis no chão
Enquanto cansam pernas e braços
Tomam conta do céu do Brasil
Acredito que o Marquinho(Marcos Aquino) é um dos letristas mais sensíveis que já conheci(não só pessoalmente). Me impressiona a capacidade que ele tem de pintar o cenário de uma situação com palavras tão encantadoras. Nessa letra ele escreve com magia sobre crianças e pipas no céu. Como se não posse suficiente ele ainda é um melodista maravilhoso. Mais uma música em que ele resolveu tudo do seu jeito ímpar. Ele é impressionante(sei que é meu irmão, mas estou sendo honesto e imparcial).
Terraços (Marcos Aquino)
Verde, branco, encarnado
Xadrez de azul e amarelo
Cinza ou preto desbotado
Se juntam ao céu que é anil
Com bambu em varas finas
Algodão que em fios lhe abraça
Papel de seda em quadros em tiras
Pó de vidro pra ser mais viril
De dezembro a fevereiro
Borboletas, aviões e aves
Compartilham seu terreiro
Com arautos do ser juvenil
Os meninos nos terraços
Esparramam carreteis no chão
Enquanto cansam pernas e braços
Tomam conta do céu do Brasil
SHOW
Dia 04 de setembro tem show em guapimirim(no ponto da serra).
Não teremos o AQUINOBRASIL em sua formação oficial, mas eu(Alexandre Aquino) estarei tocando com os novos amigos Diego Caruso e Henrique Natureza.
Não teremos o AQUINOBRASIL em sua formação oficial, mas eu(Alexandre Aquino) estarei tocando com os novos amigos Diego Caruso e Henrique Natureza.
domingo, 8 de agosto de 2010
PAI E MÃE
Continuando as postagens com coisas que escrevemos(principalmente o Marquinho). Hoje vou postar a letra de uma música do Marquinho que ainda gravaremos, se Deus quiser. O nome da música já diz o suficiente, não carece de mais explicações.
Pai e mãe
A mão que nos ampara no frio clarão da primeira hora
Que acolhe e orienta quando se quer ir embora
É mão de tanta reza
De tanto riso
De tanta rosa
É só carícia
É tão zelosa
É mão que está sempre dizendo que sim
A mão que nos acorda no todo dia de ir embora
E que faz seu todo dia sem ter preguiça ou demora
É mão de tanta fresa
De tanto grifo
De tanta grosa
É mão ferida
É mão calosa
É mão pra sempre se chegar ao fim
A mão que se derrota no dia a dia , no toda hora
De quem não se conhece mas que se sabe ser calorosa
É mão de tanta guerra
De tanta rinha
De tanta forra
Mas é mão precisa
E é generosa
É mão pra sempre Ter perto de mim.
Pai e mãe
A mão que nos ampara no frio clarão da primeira hora
Que acolhe e orienta quando se quer ir embora
É mão de tanta reza
De tanto riso
De tanta rosa
É só carícia
É tão zelosa
É mão que está sempre dizendo que sim
A mão que nos acorda no todo dia de ir embora
E que faz seu todo dia sem ter preguiça ou demora
É mão de tanta fresa
De tanto grifo
De tanta grosa
É mão ferida
É mão calosa
É mão pra sempre se chegar ao fim
A mão que se derrota no dia a dia , no toda hora
De quem não se conhece mas que se sabe ser calorosa
É mão de tanta guerra
De tanta rinha
De tanta forra
Mas é mão precisa
E é generosa
É mão pra sempre Ter perto de mim.
domingo, 25 de julho de 2010
quinta-feira, 22 de julho de 2010
AQUINOBRASIL
Outros Irmãos
O AQUINOBRASIL é formado por :
Alexandre Aquino
Alexandre Ferreira (Dick)
André Cunha
Luiz Felipe Aquino
Marcos Aquino
O nome do grupo é o nome de família, mas nem todos do grupo nasceram Aquino.
André e Alexandre(Dick) apareceram em nossa estrada nessas caminhadas por aí.
Queríamos gravar músicas para participar de um festival em São Paulo, mas éramos só nós três e não tinhamos as músicas bem arranjadas. O Marquinho, então, lembrou de um possível colega de Xerém que talvez fosse baterista e o procurou. Estava tudo errado, mas deu tudo certo. Esse colega não era baterista. Era o André que é baixista e que, para nossa sorte, tinha um estúdio em casa. Marcamos então de gravar para o festival e ele topou tocar o baixo. Conhecemos no dia da gravação o técnico de gravação. Um baixinho elétrico chamado Dick. No mesmo dia conhecemos o Vinícius, baterista fantástico. Na gravação rolou um entrosamenbto muito legal. Uma de nossas músicas foi classificada para o festival e, com esses novos amigos, chegamos até a final. Coisa muito louca ir ao festival. Dez horas de viagem na ida e dez na volta.Chegamos, tocamos e voltamos.
Foi o início de uma estrada muito legal. Depois do festival eu o Luiz e o Marquinho resolvemos gravar profissionalmente um CD no estúdio do André e contratamos o Dick como técnico responsável, o André como baixista e o Vinícius, inicialmente, como baterista. Aconteceu muita coisa nesse tempo, mas o mais importante foi que de profissionais contratados André e Dick viraram parceiros e se tornaram outros irmãos Aquino, dando a cara ao que hoje é o AQUINOBRASIL.
Alexandre Aquino
Alexandre Ferreira (Dick)
André Cunha
Luiz Felipe Aquino
Marcos Aquino
O nome do grupo é o nome de família, mas nem todos do grupo nasceram Aquino.
André e Alexandre(Dick) apareceram em nossa estrada nessas caminhadas por aí.
Queríamos gravar músicas para participar de um festival em São Paulo, mas éramos só nós três e não tinhamos as músicas bem arranjadas. O Marquinho, então, lembrou de um possível colega de Xerém que talvez fosse baterista e o procurou. Estava tudo errado, mas deu tudo certo. Esse colega não era baterista. Era o André que é baixista e que, para nossa sorte, tinha um estúdio em casa. Marcamos então de gravar para o festival e ele topou tocar o baixo. Conhecemos no dia da gravação o técnico de gravação. Um baixinho elétrico chamado Dick. No mesmo dia conhecemos o Vinícius, baterista fantástico. Na gravação rolou um entrosamenbto muito legal. Uma de nossas músicas foi classificada para o festival e, com esses novos amigos, chegamos até a final. Coisa muito louca ir ao festival. Dez horas de viagem na ida e dez na volta.Chegamos, tocamos e voltamos.
Foi o início de uma estrada muito legal. Depois do festival eu o Luiz e o Marquinho resolvemos gravar profissionalmente um CD no estúdio do André e contratamos o Dick como técnico responsável, o André como baixista e o Vinícius, inicialmente, como baterista. Aconteceu muita coisa nesse tempo, mas o mais importante foi que de profissionais contratados André e Dick viraram parceiros e se tornaram outros irmãos Aquino, dando a cara ao que hoje é o AQUINOBRASIL.
Quarto Carioca
Tenho visto a vida meio ao avesso
Através de uma janela com estrelas
De quatro pontas
Numa simetria torta não vejo nada além
de um céu quase nublado
gatos no telhado e antenas de TV
traçando inúteis versos
em busca de alguma luz
novidades, incertezas são só palavras
noites e dias num quarto
esperando por alguém
foram tantas horas, livros e histórias
já que você não me vê
quando você vem me ver?!
Essa é uma parceria dos, então, juvenis Aquino:
Luiz Felipe e Karina
Eles, na época, estavam começando suas parcerias e nós gostamos muito do resultado. Com isso, escolhemos essa para participar do CD. Ela fala um pouco da realidade da Karina, que tinha vindo para o Rio e morava na casa de nossa mãe na época.
Depois dessa eles fizeram várias coisas lindas.
Através de uma janela com estrelas
De quatro pontas
Numa simetria torta não vejo nada além
de um céu quase nublado
gatos no telhado e antenas de TV
traçando inúteis versos
em busca de alguma luz
novidades, incertezas são só palavras
noites e dias num quarto
esperando por alguém
foram tantas horas, livros e histórias
já que você não me vê
quando você vem me ver?!
Essa é uma parceria dos, então, juvenis Aquino:
Luiz Felipe e Karina
Eles, na época, estavam começando suas parcerias e nós gostamos muito do resultado. Com isso, escolhemos essa para participar do CD. Ela fala um pouco da realidade da Karina, que tinha vindo para o Rio e morava na casa de nossa mãe na época.
Depois dessa eles fizeram várias coisas lindas.
De Bicicleta ou de Elefante
Meio vai que não vai minha fila começa a parar
Tô aqui na Francisco sem ter hora pra chegar
Deu no rádio, a Rebouças não tá dando mão pra mim
Vou tentar a Giovani que Pinheiros tá ruim
Minha fila andou e eu avancei outro farol
Te ligo logo depois que passar o túnel, é o sinal
Daqui há duas horas tô aí se não chover
Juscelino parou e na Faria Lima vou entrar
Se na Nações Unidas não der certo, não sei não
A Doutor Arnaldo o repórter aéreo descartou
Mais a Consolação, a Sé e o Anhangabau
A pé, de elefante ou bicicleta eu ando mais
É, não vai ter mais jeito
É na marginal que eu vou parar
Logo mais eu chego
E peça a Deus prá não chover
Essa música foi composta em São José dos Campos.
Na época eu(Alexandre) e o Marquinho estávamos fazendo nossa primeira experiência de gravação de nossas músicas e contávamos com a ajuda do grande Márcio Oliveira(violonista e arranjador).
Como ele morava em São josé, eu no Rio e o Marquinho em Registro, a melhor coisa foi um encontro lá em são José.
Entre uma gravação e outra eu apresentei um começo de música para o marquinho. Ele estruturou comigo a melodia e partiu para a letra. Pegou um mapa de São Paulo, colocou na mesa e começou a escrever sem contar, como sempre, o que estava fazendo.Enquanto isso, eu ficava repetindo cada pedaço da música no violão. Pouco tempo depois ele me apresentou a letra dessa música, que acredito ser uma de nossas mais bem humoradas parcerias. Fala de um cara conversando com a mulher no celular, enquanto enfrenta o trânsito de São Paulo
Tô aqui na Francisco sem ter hora pra chegar
Deu no rádio, a Rebouças não tá dando mão pra mim
Vou tentar a Giovani que Pinheiros tá ruim
Minha fila andou e eu avancei outro farol
Te ligo logo depois que passar o túnel, é o sinal
Daqui há duas horas tô aí se não chover
Juscelino parou e na Faria Lima vou entrar
Se na Nações Unidas não der certo, não sei não
A Doutor Arnaldo o repórter aéreo descartou
Mais a Consolação, a Sé e o Anhangabau
A pé, de elefante ou bicicleta eu ando mais
É, não vai ter mais jeito
É na marginal que eu vou parar
Logo mais eu chego
E peça a Deus prá não chover
Essa música foi composta em São José dos Campos.
Na época eu(Alexandre) e o Marquinho estávamos fazendo nossa primeira experiência de gravação de nossas músicas e contávamos com a ajuda do grande Márcio Oliveira(violonista e arranjador).
Como ele morava em São josé, eu no Rio e o Marquinho em Registro, a melhor coisa foi um encontro lá em são José.
Entre uma gravação e outra eu apresentei um começo de música para o marquinho. Ele estruturou comigo a melodia e partiu para a letra. Pegou um mapa de São Paulo, colocou na mesa e começou a escrever sem contar, como sempre, o que estava fazendo.Enquanto isso, eu ficava repetindo cada pedaço da música no violão. Pouco tempo depois ele me apresentou a letra dessa música, que acredito ser uma de nossas mais bem humoradas parcerias. Fala de um cara conversando com a mulher no celular, enquanto enfrenta o trânsito de São Paulo
Show no MPB
Foi muito legal nosso último show em junho desse ano no MPB. Agradecemos a todos que ajudaram e participaram do show. Agradecemos também aos nossos convidados musicais (Henrique, Diego e Thiago).
Em breve novas aparições.
Em breve novas aparições.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
MESTRE AQUINO
Meu Pai
Estava na rua quando avistei uma aposentada de uma estatal (ela tem menos de 60 anos). Ela estava passeando em seu Vectra, que parecia ser do ano. Ela se aposentou há mais de dois anos, e a sua aposentadoria é suficiente para comprar um carro do ano. Seria bom se todas as pessoas pudessem ter carros novos de vez em quando.
Mas o fato é que lembrei de meu pai. Ele é mestre de obras, e ajudou a construir o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. Meu pai também ajudou a construir o Riocentro, o mesmo local que abrigou a primeira conferência internacional sobre meio ambiente que reuniu os chefes de estado de quase todos os países do mundo.
Digo que ajudou a construir por que todos os operários empenhados de concluir uma obra são responsáveis pelo seu resultado. E um mestre de obras é uma espécie de capitão, de líder sem o qual dificilmente as obras de engenharia passariam do papel para a realidade.
Ele ajudou a construir a Universidade Federal do Rio de Janeiro, mais especificamente o Centro de Letras, a partir do qual podemos cada vez mais falar com o mundo e com nós mesmos.
Meu pai ajudou a construir fábricas, que geram tanto produtos, quanto empregos.
Mestre Aquino, como meu pai é profissionalmente conhecido, construiu hospitais, e com isso podemos dizer que salvou inúmeras vidas, e ajudou outras tantas à surgirem.
Ele construiu escolas, e estas escolas possibilitaram a chegada do conhecimento para muitas crianças, e podemos dizer também que muitas delas foram salvas da marginalidade. Mas meu pai não podia construir todas as escolas necessárias, e muitas crianças transformaram-se em marginais, e um destes lhe roubou documentos que fizeram muita falta na hora de sua aposentadoria. Com isso ele, que trabalha desde os treze anos de idade, se aposentou com sessenta e cinco, com uma pensão tão pequena que o obriga a trabalhar até Deus sabe quando.
Ele construiu inúmeras residências, possibilitando que famílias pudessem viver em seus lares, ao abrigo do frio e da chuva, mas a sua casa continua inacabada, pois sabemos o quanto é difícil o empreendimento para os pouco favorecidos pelo capital.
Mas meu pai não fez apenas obras. Ele construiu, junto com minha mãe, uma família, da qual me orgulho muito, e com seu exemplo de cidadão e homem, ajudou construir o caráter dos filhos. Seus filhos não esquecem o exemplo do pai, e querem continuar a construção de um mundo melhor.
Pergunto a vocês: Seria possível uma contribuição maior que essa para o mundo?
Seria sim. Meu pai além de tudo isso sempre amou muito. Nunca o ouvi amaldiçoar o próximo. Sempre se dirigiu a todos com alegria. Sempre tratou sua mulher e seus filhos com muito carinho.
Na tese de mestrado que nunca concluí, prometi a mim mesmo que faria uma dedicatória a meu pai: “ ao Mestre Aquino, meu primeiro professor de engenharia”.
Sei que não realizei tudo o que meu pai sonhou que eu realizasse, mas sei também que ele sente orgulho dos filhos que tem. Na engenharia aprendi que é possível levar uma vida melhor do papel para a realidade, seja com saneamento básico, meios de transportes mais seguros, escolas e etc., e como o sonho dos homens é um mundo melhor para se viver, posso também dizer:
“ Meu pai é um materializador de sonhos.”
Marcos H. G. de Aquino (16/08/2000)
Estava na rua quando avistei uma aposentada de uma estatal (ela tem menos de 60 anos). Ela estava passeando em seu Vectra, que parecia ser do ano. Ela se aposentou há mais de dois anos, e a sua aposentadoria é suficiente para comprar um carro do ano. Seria bom se todas as pessoas pudessem ter carros novos de vez em quando.
Mas o fato é que lembrei de meu pai. Ele é mestre de obras, e ajudou a construir o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. Meu pai também ajudou a construir o Riocentro, o mesmo local que abrigou a primeira conferência internacional sobre meio ambiente que reuniu os chefes de estado de quase todos os países do mundo.
Digo que ajudou a construir por que todos os operários empenhados de concluir uma obra são responsáveis pelo seu resultado. E um mestre de obras é uma espécie de capitão, de líder sem o qual dificilmente as obras de engenharia passariam do papel para a realidade.
Ele ajudou a construir a Universidade Federal do Rio de Janeiro, mais especificamente o Centro de Letras, a partir do qual podemos cada vez mais falar com o mundo e com nós mesmos.
Meu pai ajudou a construir fábricas, que geram tanto produtos, quanto empregos.
Mestre Aquino, como meu pai é profissionalmente conhecido, construiu hospitais, e com isso podemos dizer que salvou inúmeras vidas, e ajudou outras tantas à surgirem.
Ele construiu escolas, e estas escolas possibilitaram a chegada do conhecimento para muitas crianças, e podemos dizer também que muitas delas foram salvas da marginalidade. Mas meu pai não podia construir todas as escolas necessárias, e muitas crianças transformaram-se em marginais, e um destes lhe roubou documentos que fizeram muita falta na hora de sua aposentadoria. Com isso ele, que trabalha desde os treze anos de idade, se aposentou com sessenta e cinco, com uma pensão tão pequena que o obriga a trabalhar até Deus sabe quando.
Ele construiu inúmeras residências, possibilitando que famílias pudessem viver em seus lares, ao abrigo do frio e da chuva, mas a sua casa continua inacabada, pois sabemos o quanto é difícil o empreendimento para os pouco favorecidos pelo capital.
Mas meu pai não fez apenas obras. Ele construiu, junto com minha mãe, uma família, da qual me orgulho muito, e com seu exemplo de cidadão e homem, ajudou construir o caráter dos filhos. Seus filhos não esquecem o exemplo do pai, e querem continuar a construção de um mundo melhor.
Pergunto a vocês: Seria possível uma contribuição maior que essa para o mundo?
Seria sim. Meu pai além de tudo isso sempre amou muito. Nunca o ouvi amaldiçoar o próximo. Sempre se dirigiu a todos com alegria. Sempre tratou sua mulher e seus filhos com muito carinho.
Na tese de mestrado que nunca concluí, prometi a mim mesmo que faria uma dedicatória a meu pai: “ ao Mestre Aquino, meu primeiro professor de engenharia”.
Sei que não realizei tudo o que meu pai sonhou que eu realizasse, mas sei também que ele sente orgulho dos filhos que tem. Na engenharia aprendi que é possível levar uma vida melhor do papel para a realidade, seja com saneamento básico, meios de transportes mais seguros, escolas e etc., e como o sonho dos homens é um mundo melhor para se viver, posso também dizer:
“ Meu pai é um materializador de sonhos.”
Marcos H. G. de Aquino (16/08/2000)
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Passarinho de Papel
Com o tempo iremos colocar aqui histórias de nossas músicas.
Para dar início a esse papo, vou contar a história de:
CACOS DE VIDA
JÁ CEGO DE TANTO QUERER ACHAR
AQUILO QUE EU NEM MESMO SEI
O QUE É, O QUE EU NEM ACREDITEI
QUANDO ME DISSERAM QUE EXISTIA
PALAVRAS CORTAM MAIS QUE FACA, EU SEI
E HOJE, EU NÃO QUERO FERIR NINGUÉM
PRA QUÊ PROVAR À FORÇA
UMA CERTEZA QUE EU NÃO TENHO
QUANDO A IMPORTÂNCIA DA VIDA SE FEZ MAIOR
CACOS DE VIDA, FERIDAS, JUNTEI
PESSOAS VALEM MAIS DO QUE VINTÉNS
PRA QUÊ PROVAR SER MAIS COM O QUE SE TEM
E EU QUE ESTOU AQUI,
QUERO TE OUVIR TAMBÉM
ATÉ QUE MINHA VOZ SE FAÇA OUVIR
PRIMEIRO, TENHO QUE ME DESCOBRIR
ME VER VIVENDO MAIS
É MELHOR O SER QUE O TER
Quando estávamos no estúdio gravando as primeiras faixas do CD, que ná época não tinha nome ainda, era comum pintar melodias novas. Certa tarde, enquanto esperávamos para começar nosso período, eu estava tocando uma música que estava compondo e mostrei para o Marquinho e para o Dick. Eles acabaram gostando muito da melodia e pensaram em compor a letra. Nesse momento eu sugeri que fosse uma brincadeira de adolescente. Falei para eles que cada um deveria escrever alternadamente um verso da letra e passar para o outro, sem contar a idéia que tinha para a letra. Eles acabaram achando divertido e foram brincando, meio escrevendo, meio desafiando o outro a entender o sentido geral. Foi uma brincadeira(do jeito que foi composta, acredito que nenhum de nós acreditava que estava compondo uma música que faria parte do CD) sem compromisso, que acabou se tornando uma de nossas composições com que as pessoas mais se identificam.
Nesse clima, sem grandes aspirações, foi nosso traabalho. Hoje o resultado é o PASSARINHO DE PAPEL>
Para dar início a esse papo, vou contar a história de:
CACOS DE VIDA
JÁ CEGO DE TANTO QUERER ACHAR
AQUILO QUE EU NEM MESMO SEI
O QUE É, O QUE EU NEM ACREDITEI
QUANDO ME DISSERAM QUE EXISTIA
PALAVRAS CORTAM MAIS QUE FACA, EU SEI
E HOJE, EU NÃO QUERO FERIR NINGUÉM
PRA QUÊ PROVAR À FORÇA
UMA CERTEZA QUE EU NÃO TENHO
QUANDO A IMPORTÂNCIA DA VIDA SE FEZ MAIOR
CACOS DE VIDA, FERIDAS, JUNTEI
PESSOAS VALEM MAIS DO QUE VINTÉNS
PRA QUÊ PROVAR SER MAIS COM O QUE SE TEM
E EU QUE ESTOU AQUI,
QUERO TE OUVIR TAMBÉM
ATÉ QUE MINHA VOZ SE FAÇA OUVIR
PRIMEIRO, TENHO QUE ME DESCOBRIR
ME VER VIVENDO MAIS
É MELHOR O SER QUE O TER
Quando estávamos no estúdio gravando as primeiras faixas do CD, que ná época não tinha nome ainda, era comum pintar melodias novas. Certa tarde, enquanto esperávamos para começar nosso período, eu estava tocando uma música que estava compondo e mostrei para o Marquinho e para o Dick. Eles acabaram gostando muito da melodia e pensaram em compor a letra. Nesse momento eu sugeri que fosse uma brincadeira de adolescente. Falei para eles que cada um deveria escrever alternadamente um verso da letra e passar para o outro, sem contar a idéia que tinha para a letra. Eles acabaram achando divertido e foram brincando, meio escrevendo, meio desafiando o outro a entender o sentido geral. Foi uma brincadeira(do jeito que foi composta, acredito que nenhum de nós acreditava que estava compondo uma música que faria parte do CD) sem compromisso, que acabou se tornando uma de nossas composições com que as pessoas mais se identificam.
Nesse clima, sem grandes aspirações, foi nosso traabalho. Hoje o resultado é o PASSARINHO DE PAPEL>
terça-feira, 18 de maio de 2010
Estamos entrando no ar definitivamente.
Contamos com os amigos de sempre e com nossos novos amigos, para ajudar a levar a música AQUINOBRASIL a novos horizontes.
Contaremos aqui nossas histórias e nossos sonhos.
Conversaremos sobre a música brasileira e sobre a música AQUINOBRASIL.
Que esse espaço seja o início de um novo tempo ...
até breve.
Contamos com os amigos de sempre e com nossos novos amigos, para ajudar a levar a música AQUINOBRASIL a novos horizontes.
Contaremos aqui nossas histórias e nossos sonhos.
Conversaremos sobre a música brasileira e sobre a música AQUINOBRASIL.
Que esse espaço seja o início de um novo tempo ...
até breve.
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